OSSO MATERIA

 

 

O Auris-Otobone é um protótipo destinado ao treinamento e à simulação cirúrgicas da mastoide. Ele é fruto da sinergia entre a Fundação Otorrinolaringologia, o Departamento de Otorrinolaringologia da FMUSP e a Replicare – Medicina 3D, empresa de Curitiba, PR.

 

COMO SURGIU O AURIS-OTOBONE ?

Com a dificuldade de obtenção de peças anatômicas e o aumento do número de médicos Otorrinolaringologista, houve a necessidade de criar alternativas as mais reais possíveis para treinamento de cirurgias otológicas, assim surgindo o Auris-Otobone .

Auris-Otobone foi criado por uma equipe formada por médicos otorrinolaringologistas, médico radiologista e um especialista em prototipagem em impressões 3D, visando a criação de um protótipo com a maior semelhança possível com o Osso temporal humano

 

AURIS-OTOBONE – EVOLUÇÃO EM TREINAMENTO CIRÚRGICO

O Auris-Otobone é uma representação fiel do osso temporal humano (mastoide) que possibilita o aprendizado médico através de simulação cirúrgica, minimizando o uso de peças cadavéricas.

Através de tecnologia desenvolvida conjuntamente pela Replicare, Fundação Otorrinolaringologia e o Departamento de Otorrinolaringologia da FMUSP, nossa solução reproduz com precisão as estruturas anatômicas internas e externas do osso temporal humano.

Ele foi desenvolvido a partir de exame de tomografia computadorizada de adulto jovem, sem alterações anatômicas ou patológicas. Seu design e fabricação têm o objetivo de manter a fidelidade anatômica e proporcionar a experiência mais próxima possível à dissecção real. O Auris-Otobone é uma alternativa ao uso de peças cadavéricas, facilitando o treinamento de médicos otorrinolaringologistas.

 

PROCEDIMENTOS QUE PODEM SER TREINADOS

  • Timpanomastoidectomia cavidade fechada e aberta
  • Timpanotomia posterior
  • Cirurgia para colocação de próteses auditivas ancoradas
  • Cirurgia de implante coclear
  • Estapedotomia
  • Reconstruções de cadeia ossicular
  • Descompressão do nervo facial
  • Petrosectomia

Auris-Otobone infantil para siteAURIS-OTOBONE PEDIÁTRICO

Este é o Auris-Otobone Pediátrico, nosso simulador de osso temporal infantil. Ele representa a anatomia normal de uma criança com 18 meses de idade, em tamanho natural. Assim como no Auris-Otobone Adulto, além da estrutura óssea completa do osso temporal, neste modelo estão presentes a dura, a artéria carótida interna, o seio sigmoide e o bulbo jugular, a demarcação do saco endolinfático, os nervos facial, coclear e vestibulares. Sua estrutura interna foi especialmente desenvolvida para facilitar a colocação de implante coclear.
Este simulador é uma ferramenta essencial para o treinamento de residentes e de fellows de otorrinolaringologia e de áreas correlatas. Para os profissionais mais experientes, um simulador como este é útil na pesquisa, desenvolvimento e aprimoramento de técnicas cirúrgicas.

MANUAL PRÁTICO DE DISSECÇÃO – OTOBONE

Esta peça foi reconstruída a partir de exame de tomografia computadorizada de alta resolução.

  • Recomenda-se o uso de máscara e óculos de proteção (pelo pó gerado pela dissecção);
  • Sugerimos o uso irrigação com água e aspirador de sução similar ao usado em cirurgias otológicas; e
  • Por não se tratar de material biológico não há risco de contaminação infecciosa.
  • Orientamos a assistir o vídeo de dissecção:  https://otobone.com.br/pt/manual-pratico-de-disseccao-do-auris-otobone/
  • Recomendamos aos iniciantes que façam a dissecção com orientação de preceptores, pois é só é possível 1 dissecção por peça.

 

Materiais necessários para dissecção

  1. Um porta osso temporal com possibilidade de movimentação em vários planos em relação ao seu eixo (existem vários modelos no mercado ) no site do nosso produto existe o modelo desenvolvido pelo Prof. Ricardo Bento disponível para venda.
  2. Um micromotor cirúrgico que pode ser de uso dentário, de alta rotação (de 25.000 rpm/min ou mais) com cabo e canetas (reta e angulada) e possibilidade de rotação para os 2 sentidos
  3. Um microscópio cirúrgico com objetiva de 250mm e oculares inclinadas ou retas de 10 ou 12 X ou lupa de aumento.
  4. Pinça tipo jacaré e micro tesoura.
  5. Conjunto de estiletes cirúrgicos de ouvido da preferência do cirurgião sendo essenciais pelo menos um estilete reto, um com ângulo de 90 graus, uma cureta e um descolador.
  6. Brocas cortantes de vários tamanhos.

 

Orientações Gerais

A caneta deve ser de preferência fina e segurada como lápis na mão dominante, portando o aspirador na outra.

O broqueamento deve ser feito com manobras semelhantes a de um pincel, paralelo à superfície, não forçando a broca sobre o osso, usando força intermitente. A pressão deve ser firme e constante.

Usa-se sempre o lado da broca para cortar o osso camada por camada, proporcionando um mínimo de superfícies rugosas

A velocidade da broca deve ser rápida, pois a baixa velocidade requer mais força para cortar o osso e, portanto, maior possibilidade de “escorregar” para estruturas nobres. Os dentes da broca devem ser sempre mantidos limpos de pó de osso. Use sempre uma pequena cureta quando houver algum trajeto a ser explorado ao invés de brocá-lo diretamente.

 

IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS EXTERNAS

O osso temporal é dividido em 5 partes distintas unidas por fissuras: (veja o filme no nosso site)

  • Escamosa
  • Mastoidea
  • Timpânica
  • Estiloide
  • Petrosa

 

Superfície externa ou lateral

  • processo zigomático
  • processo estiloide
  • cavidade glenóide
  • osso timpânico

 

Superfície posterior ou medial

  • conduto auditivo interno com o nervo facial (amarelo) e os nervos vestibulares e coclear (laranja)
  • dura mater da fossa média e posterior

Saco endolinfático (vermelho)

Eminência do canal semicircular posterior

Seio simógmóide (azul)

 

Superfície Superior ou teto

  • crista petrosa
  • eminência arcuata ou arqueada (projeção do canal semicircular superior no assoalho da fossa média)

Tegmen timpânico

Plano meatal (do meato acústico interno)

 

Superfície Inferior ou base

  • forame estilomastóideo, por onde o nervo facial emerge nas partes moles do pescoço (nervo corado em amarelo)
  •  inserção do músculo digástrico na mastoide (ranhura digástrica)
  • fossa mandibular, onde se articula a articulação temporomandibular
  • processo zigomático anteriormente
  • fossa jugular (azul)
  • canal carotídeo Vermelho)
  • orifício do canal de Jacobson (nervo timpânico inferior- Ramo do IX par)
  • sutura petrotimpânica
  • orifício de passagem do nervo corda do tímpano (canal de Huguier)
  • ápex Petroso
  • Istmo da tuba auditiva

 

Mastoidectomia e Aticotomia

Localize o meato acústico externo (M.A.E.), a espinha suprameatal (espinha de Henle), a sutura timpanoescamosa (incisura de Glazer) e a sutura timpanomastóidea.

Usando uma broca cortante grande comece a remover a córtex ou cortical da mastoide no ângulo formado pelo cruzamento de uma linha imaginária paralela e inferior à linha temporal e que divida o M.A.E. ao meio com outra que passa pela ponta da mastoide (eminência mastóidea) e faça um ângulo de 90 graus com a linha temporal. Este ponto é posterior à espinha suprameatal (Espinha de Henle) e sobre a zona crivosa da mastoide. Vá aprofundando-se em camadas iguais, retire todas as células.

 

Localize as seguintes estruturas:

Obs: A parede posterior do M.A.E. deve ser afinada o máximo possível e, acompanhando-a, vá superiormente em direção ao ático até o limite superior com a fossa média, e inferiormente até atingir a ponta da mastoide.

  • meato acústico externo (M.A.E.)
  • espinha suprameatal
  • sutura timpanoescamosa
  • sutura timpanomastóidea
  • zona crivosa
  • ponta da mastoide
  • seio sigmoide (azul)
  • ângulo sinodural
  • ranhura digástrica
  • parede posterior do M.A.E.
  • dura-máter da fossa média
  • antro mastóideo
  • bigorna
  • canal semicircular lateral

 

Com uma broca cortante pequena, comece a brocar lentamente a região superior do ático, afinando a parede posterior do M.A.E. entre ele e a fossa média.

  • arco zigomático
  • ático
  • caixa timpânica
  • martelo
  • tegmen tympani
  • canal semicircular posterior
  • bulbo da jugular (azul)
  • canal de Falópio
  • dura-máter da fossa posterior

Saco endolinfático (vermelho)

 

Timpanotomia Posterior, Nervo Facial e Interposição Óssea

  • nervo facial (amarelo)
  • estribo
  • janela oval
  • janela redonda
  • cóclea
  • processo cocleariforme
  • eminência piramidal
  • tuba auditiva
  • forame estilomastóideo

 

Remoção do Labirinto e Exploração Transmastoídea do Meato Acústico Interno

  • vestíbulo
  • meato acústico interno com o nervo facial (amarelo) nervos vestibulares e coclear (laranja)
  •  artéria carótida interna (vermelho)

É possível praticar Estapedotomia e algumas proteses auditivas implantáveis  como implante coclear, VibrantR, BonebridgeR e PontoR and BahaR.

 

Para mais informações, entre em contato:

FUNDAÇÃO OTORRINOLARINGOLOGIA

Telefone:        +55 11 3068 9855

Email:              contato@otobone.com.br